De acordo com a PwC, apenas 13% das empresas mensuram essas ações
São Paulo, 15 de junho de 2018 – A forma mais inteligente de engajar e reter talentos nos negócios e, consequentemente, melhorar seus serviços é investir em pessoas. Quanto mais investimento houver para o desenvolvimento e crescimento dos colaboradores, maior será a vontade deles de se aplicarem e mais valorizados eles se sentirão para realizar as atividades diárias.
Para planejar a qualificação das equipes, a primeira coisa a se fazer, segundo especialistas que atuam neste segmento, é o levantamento das necessidades do treinamento. Existem algumas perguntas básicas que podem ajudar nesse processo: O que quero melhorar? Para que preciso treinar? Por que preciso treinar? Para quem esse treinamento é importante?
Alexandre Slivnik, especialista em gestão de pessoas, com especialização em Harvard – Graduate Schoool of Education, diretor da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) explica que somente através das respostas desses questionamentos, será possível identificar quais os pontos principais a serem desenvolvidos no negócio. “O desenrolar desse planejamento deve ser feito diariamente, através do treinamento formal em uma sala de aula ou, até mesmo, no dia-a-dia no próprio ambiente de trabalho. O ponto principal é estar em constante evolução”, defende Slivnik.
Pensando no Retorno Sobre Investimento (ROI), existem diversas ferramentas que ajudam a identificar esse resultado. “A mais fácil de ser utilizada é analisar um grupo que tenha recebido o treinamento e outro que não tenha participado de nenhum e fazer a comparação de resultados entre eles, antes, durante e depois das ações de desenvolvimento”, explica Alexandre.
Esses dados são importantes porque auxiliam na identificação de problemas e na implementação de treinamentos mais efetivos, ajudando a quantifica-los. Para usar essa informação, visando ajustes e melhorias nos processos, antes de mais nada é preciso entender que os números servem para ajudar o gestor a entender a eficácia das suas ações de desenvolvimento. “Ao analisar os números, será possível identificar se o treinamento obteve resultado e se existem colaboradores que precisam participar mais alguma vez dessa formação”, aponta o especialista em gestão de pessoas.
Infelizmente, de acordo com a PwC – prestadora de serviços de qualidade em auditoria – apenas 13% das empresas mensuram ações de treinamento para seus funcionários. Alexandre atribui a isso ao fato que muitos gestores ainda acham que mensurar essas atividades é algo subjetivo e por consequência essa parte de mensurar as principais fases do treinamento acaba não sendo realizada.
Contudo, ele ressalta que a educação corporativa pode trazer grandes benefícios e estratégias efetivas para o negócio e para isso é importante ter o ciclo completo: levantar as necessidades, planejar um treinamento adequado e avaliar os resultados efetivos. “Em cada etapa, é preciso sempre fazer associações aos objetivos da organização, para que tenhamos um alinhamento cada vez mais estratégico”, aponta.
“É preciso transformar em números as ações efetivas que foram implantadas após cada etapa de desenvolvimento”, destaca.